segunda-feira, 31 de agosto de 2009

não é o teu olhar que mais recordo
nem são as tuas formas que relembro
são as tardes mornas de setembro
que sinto ainda longe quando acordo.

do corpo que me deste nada tenho
perdi todos os elos do encanto
amei-te, sim, amei, mas entretanto
esbateu-se a tua luz no meu desenho.

agora que partiste pinto à tarde
com pinceladas tristes e singelas
e vou compondo a cor nas minhas telas
com cinzas dum amor que já não arde.

setembro foi o tempo das quimeras
das vinhas e dos vinhos perfumados
dos sonhos e dos beijos destinados
ao sobrevir de novas primaveras.

2 comentários:

Menina do mar disse...

Lindamente triste esta despedida marcada melancolicamente pela saudade!
Beijo

Codinome Beija-Flor disse...

Ah!
Me faltam palavras.
Saudades!
Bjos