Faz-me todo o sentido que tu queiras chorar
Neste porto de abrigo vendo um barco passar
Eu estarei lá contigo quando o tempo voar
Arrostando o castigo de te ver naufragar.
Que terei eu sentido quando os olhos fechar
E tiveres partido para não mais voltar?
domingo, 11 de setembro de 2011
sábado, 27 de agosto de 2011
Há um silêncio que se quebra neste muro
onde as palavras estentóreas se rebelam
e corações ensanguentados que atropelam
símbolos negros de um significado obscuro.
Há borboletas que esvoaçam prisioneiras
das asas plúmbeas que lhes foram desenhadas
e há caveiras com as faces descarnadas
entre cometas de profusas cabeleiras.
Neste mural contemporâneo e simbolista
que tu ignoras quando vais para o emprego
há uma candura surreal, um desapego
o rasgo iluminado de um artista.
onde as palavras estentóreas se rebelam
e corações ensanguentados que atropelam
símbolos negros de um significado obscuro.
Há borboletas que esvoaçam prisioneiras
das asas plúmbeas que lhes foram desenhadas
e há caveiras com as faces descarnadas
entre cometas de profusas cabeleiras.
Neste mural contemporâneo e simbolista
que tu ignoras quando vais para o emprego
há uma candura surreal, um desapego
o rasgo iluminado de um artista.
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Passaram os dias, o relógio calou-se
Na casa vazia o silêncio deitou-se
Vieram as nuvens, as chuvas cairam
As brisas ligeiras os campos despiram.
Os frutos colhidos, à mesa chegaram
De risos floridos os lábios deixaram.
Depois foi a neve, quem veio brincar
No rio gelado que a soube esperar.
Também eu esperei, sentado na sala
Escutando a lareira que sozinha fala.
Mas tu não vieste, nem sei se virás
E segues distante num passo voraz.
Na casa vazia o silêncio deitou-se
Vieram as nuvens, as chuvas cairam
As brisas ligeiras os campos despiram.
Os frutos colhidos, à mesa chegaram
De risos floridos os lábios deixaram.
Depois foi a neve, quem veio brincar
No rio gelado que a soube esperar.
Também eu esperei, sentado na sala
Escutando a lareira que sozinha fala.
Mas tu não vieste, nem sei se virás
E segues distante num passo voraz.
sábado, 6 de agosto de 2011
quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
Eu sei que a noite é triste e compreendo
Que a escuridão te enerve, se estás só
Envolta nos teus medos, remoendo
A dor que é recente e não tem pó.
Eu sei que os conselhos são inúteis
Que tudo o que disser será em vão
Mas há-de haver em ti compreensão
Para estes versos toscos, quase fúteis.
Em mim tudo o que existe é coração
É força de saber que há mais além
Daquilo que aos meus olhos se mantém
Indizível na verdade da razão.
Em mim tudo o que existe é poesia
É vida a fervilhar numa tensão
Que se expande alegremente e contagia
Como a fonte que inspira uma canção.
Eu sei que a noite é triste e compreendo
Que a escuridão te enerve, se estás só
Mas há-de haver um fim para esse nó
Na aurora boreal que vem nascendo.
Que a escuridão te enerve, se estás só
Envolta nos teus medos, remoendo
A dor que é recente e não tem pó.
Eu sei que os conselhos são inúteis
Que tudo o que disser será em vão
Mas há-de haver em ti compreensão
Para estes versos toscos, quase fúteis.
Em mim tudo o que existe é coração
É força de saber que há mais além
Daquilo que aos meus olhos se mantém
Indizível na verdade da razão.
Em mim tudo o que existe é poesia
É vida a fervilhar numa tensão
Que se expande alegremente e contagia
Como a fonte que inspira uma canção.
Eu sei que a noite é triste e compreendo
Que a escuridão te enerve, se estás só
Mas há-de haver um fim para esse nó
Na aurora boreal que vem nascendo.
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