Há um silêncio que se quebra neste muro
onde as palavras estentóreas se rebelam
e corações ensanguentados que atropelam
símbolos negros de um significado obscuro.
Há borboletas que esvoaçam prisioneiras
das asas plúmbeas que lhes foram desenhadas
e há caveiras com as faces descarnadas
entre cometas de profusas cabeleiras.
Neste mural contemporâneo e simbolista
que tu ignoras quando vais para o emprego
há uma candura surreal, um desapego
o rasgo iluminado de um artista.
sábado, 27 de agosto de 2011
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Passaram os dias, o relógio calou-se
Na casa vazia o silêncio deitou-se
Vieram as nuvens, as chuvas cairam
As brisas ligeiras os campos despiram.
Os frutos colhidos, à mesa chegaram
De risos floridos os lábios deixaram.
Depois foi a neve, quem veio brincar
No rio gelado que a soube esperar.
Também eu esperei, sentado na sala
Escutando a lareira que sozinha fala.
Mas tu não vieste, nem sei se virás
E segues distante num passo voraz.
Na casa vazia o silêncio deitou-se
Vieram as nuvens, as chuvas cairam
As brisas ligeiras os campos despiram.
Os frutos colhidos, à mesa chegaram
De risos floridos os lábios deixaram.
Depois foi a neve, quem veio brincar
No rio gelado que a soube esperar.
Também eu esperei, sentado na sala
Escutando a lareira que sozinha fala.
Mas tu não vieste, nem sei se virás
E segues distante num passo voraz.
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